A GLÂNDULA ADANAL NOS GATOS (OQUÊ????)

"As glândulas adanais são parte do sistema de marcação territorial do cão e do gato, e ficam localizadas uma de cada lado do ânus do animal (veja na figura a ilustração da parte interna da traseira de um gato, por fora, são só dois furinhos!)

Após evacuar, a glândula adanal secreta um líquido espesso de coloração castanha, e odor fétido sobre as excretas, marcando-as com seu odor único e característico.

Quando estes animais passam por situações de perigo ou estresse, eles comprimem a glândula adanal liberando um cheiro intenso para outros animais e pessoas, mostrando situações de alarme ou perigo.

Se o gato possui estas glândulas localizadas de uma forma anatômica que dificulta com que sejam esvaziadas regularmente, elas podem inflamar e trazer um grande desconforto para o seu miau. Com a inflamação, normalmente observamos também dificuldade para defecar, grande sensibilidade da região e aumento de volume. Por esse motivo, o animal pode ficar muito incomodado e começar a raspar a parte traseira no chão e até a lamber o local insistentemente. Os gatos sofrem com este incômodo, nem sempre percebido rapidamente pelos seus tutores.

Nos casos mais graves, o quadro pode evoluir para uma infecção bacteriana e a formação de fístula (ferimento na pele com drenagem de sangue ou pús).

O tratamento é realizado através do esvaziamento da glândula afetada com a compressão manual, limpeza, desinfecção da região e ainda administração de antibióticos e anti-inflamatórios.

Alguns animais podem apresentar este problema com frequência, havendo a necessidade de tratamento cirúrgico, e realizando-se a retirada das bolsas e das glândulas adanais."

Para evitar o risco de inflamação, faça visitas regulares ao veterinário, pelo menos de 6 em 6 meses, para “esgotar” as glândulas! JAMAIS tente você mesmo desobstruir as glândulas adanais! Você pode fazer mais mal do que bem!

LEIA ABAIXO O DEPOIMENTO DE UMA TUTORA DE GATOS (CREDITOS A ronronaria.blogspot.com.br)

Recentemente eu adotei um gato de um ano e pouco que vivia como "filho único" em outra casa. A recepção por aqui não foi o que se pode chamar de acolhedora e o novato passou a viver momentos de stress. Notei que ele estava defecando com o que se chama de "sangue vivo" .Sei que sempre teve alimento de qualidade e consultas regulares ao vet. Mas considerei a possibilidade de ser giárdia... Colhemos material para fazer análise e nada foi detectado. Ainda assim, medicamos com uma droga específica para giárdia e, em seguida, um tratamento de 5 dias com vermífugo, em doses manipuladas de acordo com o peso dele. Nada disso resolveu. Meu Gorki continuou fazendo cocô mole e com sangue. Então eu decidi levar o pequeno a outra consulta. Porém, desta vez, com outra vet. Eu já havia ouvido falar das glândulas adanais...mas sabia que era a raro haver inflamação ou obstrução dessas glândulas em gatos. Pois é...Tanto stress poderia ter sido evitado!!! Submeter o pequeno a várias doses de remédios e vermífugo... Lamento muito! Gorki passou por uma sessão de desobstrução das glândulas adanais... O fedor é indescritível...mas o resultado é muito compensador. Até agora nada de sangue...As fezes estão mais firmes graças a uma certa sopinha caseira para reposição da flora intestinal; que só dou à noite, como um petisco, pois eu não dispenso o alimento balanceado e de boa qualidade. Só pelo fato de ter diminuído o odor anal, parece que as coisas estão se ajeitando entre meus ronronadores...

O Gorki já se deixa acariciar além da cabeça e queixo(creio que as dores anais o impediam de aceitar vários tipos de carícias) e me parece mais relaxado. O odor das fezes diminuiu também. Além da desobstrução que foi feita pela vet, temos que fazer uma estimulação com gaze umedecida na região uma vez ao dia. E ele tolera bem... Então, fica a dica: Se o seu pequeno ronronador apresentar fezes com sangue vivo e não houver indícios de giárdia ou qualquer outra verminose, desconfie das glândulas adanais... Ainda se o seu gatinho atravessar por um período longo de fezes amolecidas, fique atento, pois é a passagem de fezes firmes pelo reto que estimula a liberação do líquido dessas glândulas.